Aqui estou, transfigurado pelos deuses romanos. Comam da minha carne. partilhem da minha doçura e beleza. Rosto, restos e fumaça. Consumido na própria chama. Eu sou imortal? Eu sou doce. Digam-me que não se extinguiram todas as formas de contemplação. Porque quando todos os homens matarem a si mesmos, eu sobreviverei. Fogo nas carcaças dissonantes. Fênix renasce das cinzas apagadas. Pele e pêssegos. Lábios gordurosos e macios como frutas mergulhadas no leite das eras. Beba do meu líquido. A sorte está lançada. Lenços flutuantes. Demônios ensurdecidos por agonizantes gemidos de cigarras. Insetos também comem. Ego lambuzado. Etéreo. Eterno. Estéreo. Estéril. Luz exterior. Dia. Cegos os olhos. Refletem ridiculamente a figura intocada. Transvirtuosidade. Na dança das horas os dedos jogam dados com esmero. Tudo é débil. Ria-se dos princípios básicos da humanidade. Porque nela não havia principios. A força que se esgota. Os órgãos que decompoem-se de graciosidade. Os buracos estão todos ocupados. Ansiosos. Violinos virtuosos ao serem tocados por suas varas. Trago na cara o preço de ser uma romã. Navalhas cegas. Asas de cera derretidas por chamas internas. Consumindo do próprio fogo para beber das fontes da infinitude juvenil. Latitude e longitude estão erradas. O caminho a seguir é a linha do eros prometido. Wake up Ícaro. Minhas águas anseiam por seus cabelos de cavalo. O céu está ficando pequeno. Os deuses morrem de desgosto. Não haverá castigos. Nós sobrevivemos. Como crianças donas de um destino propício. O poder está detido em nossas mãos. Agite as bandeiras. Estou chegando. Trago pequenas soluções contra o tédio. A diversão está garantida meu insano coelho branco. O presente a nós pertence. Technology is now. As líderes de torcida agitam seus pompons. Somos os novos reis. Chiclete is now.
Melted Narcissus
Melted Narcissus