foto: Alessandra Haro
ORLANDX[é uma palavra de terror, um grito de conquista, palavra chave, maldição bárbara, abre portais.
Os corpos se fundem e se organizam de uma terceira fórma, não passam por caminhos já percorridos, Orlandx encaixa e desencaixa-se, deita na relva, dança no caos, desorganiza o meu olhar - sumo aos olhos do voyeur, esfumaço o espaço. Truque de magia barata, sou um mágico de rodoviária. Dança cósmica de beberronas vulgares. Meu hálito te toca, te envolvo em minhas brumas, fundo toda a matéria. Uma das partes sumiu, escorreu pelas minhas mãos, diluiu-se no pó da criação. Cravo minha bandeira no flanco da terra. Pés ao alto serpenteando um play ground declaram: A cidade foi o presente que um amante milionário me deu!
Serpentes dormem na beira dos rios, sob pedras.]
Mostra Cena Breve
21 de Outubro, sessões às 19 e 21 hs
programação completa: http://www.ciasenhas.art.br/MostraCenaBreve2011/programacao.html
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Manifesto pelo convívio artístico
em: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=184955%2COTE&busca=heliogabalus&pagina=1
A aproximação entre a Primeira Campainha e o Heliogábalus começou durante o Festival de Curitiba deste ano, quando o grupo mineiro se apresentava na capital paranaense. Ambos se reconheceram tanto nas afinidades estéticas quanto na postura e no discurso, por mais que seus processos criativos gerem resultados distintos.
Escolhidos para conviver artisticamente durante uma semana pelo Projeto Galpão Convida: Intercâmbio, os grupos trabalham desde o início da semana no projeto "Damas Indignas das Alterosas". Foi um período de trocas de referências, escritas conjuntas e passeios pelo bairro do Horto que culmina em uma ação cênica com 24 horas de duração. Será iniciada hoje, às 6h, na Praça da Estação, e segue até às 21h, quando se transforma em uma festa performática no Galpão Cine Horto.
Para concluir, amanhã os dois grupos se reúnem novamente às 17h, também no Galpão Cine Horto, para um bate-papo sobre o tema Diálogos Afetivos em Bando.
A ideia de diálogos afetivos é cara à Primeira Campainha, e está relacionada à maneira como os dois grupos se organizam, em constante diálogo com outros criadores e coletivos. "A primeira semelhança que conseguimos identificar foi essa nossa configuração de rede, com trabalhos em grupos distintos e colaborações em vários projetos de criação. Não nos encerramos numa formação de grupo com uma identidade única", comenta Marina Viana, atriz da Primeira Campainha.
Ricardo Nolasco, ator do Heliogábalus, define essa postura como de "bando". "Não é tanto uma ideia de trabalho, mas de um compartilhamento de vida", diz o curitibano.
Também nas questões temáticas, os dois grupos encontraram pontos de diálogo, tais como a discussão de gênero, o feminismo e o feminino. "Principalmente a partir da peça Elisabeth Está Atrasada", constata Nolasco.
Invasão. Durante essa semana juntos, curitibanos e mineiros se deixaram invadir mutuamente. Os manifestos de Marina Viana caíram nas mãos de Sabrina Lopes, do Heliogábalus, que os usou como matéria-prima de suas colagens. Mariana Blanco, por sua vez, se influenciou pelo conceito de clausura trazido por Vera Pequeno, do grupo curitibano.
Todos juntos escreveram um novo manifesto para se posicionarem como corpos políticos e transformadores do cotidiano do Horto por um momento, questionando noções como a de brasilidade.
A forma do manifesto, aliás, casa com a vontade de revolução que rege o Heliogábalus. "É uma revolução do indivíduo, e a ideia que esses indivíduos podem mudar o sistema", diz Nolasco.
A postura tanto da Primeira Campainha quanto do Heliogábalus remete ao "lado B", ou seja, ao que está à margem, mas sem lamentações.
Todo esse arcabouço de questões em comum e provocações mútuas, aberto para valorizar a possibilidade do encontro e de trocas, serve os grupos no roteiro de ações performáticas, com um aspecto ritual, planejado para o dia de hoje. Segundo Nolasco, alguns momentos serão transmitidos por streaming e Facebook.
A aproximação entre a Primeira Campainha e o Heliogábalus começou durante o Festival de Curitiba deste ano, quando o grupo mineiro se apresentava na capital paranaense. Ambos se reconheceram tanto nas afinidades estéticas quanto na postura e no discurso, por mais que seus processos criativos gerem resultados distintos.
Escolhidos para conviver artisticamente durante uma semana pelo Projeto Galpão Convida: Intercâmbio, os grupos trabalham desde o início da semana no projeto "Damas Indignas das Alterosas". Foi um período de trocas de referências, escritas conjuntas e passeios pelo bairro do Horto que culmina em uma ação cênica com 24 horas de duração. Será iniciada hoje, às 6h, na Praça da Estação, e segue até às 21h, quando se transforma em uma festa performática no Galpão Cine Horto.
Para concluir, amanhã os dois grupos se reúnem novamente às 17h, também no Galpão Cine Horto, para um bate-papo sobre o tema Diálogos Afetivos em Bando.
A ideia de diálogos afetivos é cara à Primeira Campainha, e está relacionada à maneira como os dois grupos se organizam, em constante diálogo com outros criadores e coletivos. "A primeira semelhança que conseguimos identificar foi essa nossa configuração de rede, com trabalhos em grupos distintos e colaborações em vários projetos de criação. Não nos encerramos numa formação de grupo com uma identidade única", comenta Marina Viana, atriz da Primeira Campainha.
Ricardo Nolasco, ator do Heliogábalus, define essa postura como de "bando". "Não é tanto uma ideia de trabalho, mas de um compartilhamento de vida", diz o curitibano.
Também nas questões temáticas, os dois grupos encontraram pontos de diálogo, tais como a discussão de gênero, o feminismo e o feminino. "Principalmente a partir da peça Elisabeth Está Atrasada", constata Nolasco.
Invasão. Durante essa semana juntos, curitibanos e mineiros se deixaram invadir mutuamente. Os manifestos de Marina Viana caíram nas mãos de Sabrina Lopes, do Heliogábalus, que os usou como matéria-prima de suas colagens. Mariana Blanco, por sua vez, se influenciou pelo conceito de clausura trazido por Vera Pequeno, do grupo curitibano.
Todos juntos escreveram um novo manifesto para se posicionarem como corpos políticos e transformadores do cotidiano do Horto por um momento, questionando noções como a de brasilidade.
A forma do manifesto, aliás, casa com a vontade de revolução que rege o Heliogábalus. "É uma revolução do indivíduo, e a ideia que esses indivíduos podem mudar o sistema", diz Nolasco.
A postura tanto da Primeira Campainha quanto do Heliogábalus remete ao "lado B", ou seja, ao que está à margem, mas sem lamentações.
Todo esse arcabouço de questões em comum e provocações mútuas, aberto para valorizar a possibilidade do encontro e de trocas, serve os grupos no roteiro de ações performáticas, com um aspecto ritual, planejado para o dia de hoje. Segundo Nolasco, alguns momentos serão transmitidos por streaming e Facebook.
A vida não tem roteiro Primeira Campainha e Grupo de Investigação Cênica Heliogábalus viram a noite fazendo arte
em: http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2011/10/14/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=45109/ficha_teatro.shtml
Damas indignas das Alterosas conclamam os amigos fora do eixo para um chá na esquina, virar o disco, na cozinha de nossa senhora da bad trip. É esse o interminável título da intervenção que será realizada, durante 24 horas, pelos grupos Primeira Campainha, de Minas Gerais, e Grupo de Investigação Cênica Heliogábalus, do Paraná. E ainda tem o subtítulo: festividades esquizoespetaculares de suicidados e alienados autênticos da dita cuja pós-modernidade bipolar e arcaica.
O encontro é resultado de um edital aberto pelo Galpão Cine Horto para o projeto Galpão convida: intercâmbio. Ao todo, foram entregues oito projetos de intercâmbio de grupos mineiros com outros de seis estados. Mas só havia espaço para um.
Primeira Campainha e Heliogábalus se conheceram no início do ano, durante o festival de teatro de Curitiba. “O grupo foi nos assistir, conversamos e criamos identificação. Achamos que tínhamos semelhança nas estruturas e escolhas estéticas”, explica Marina Viana, da Primeira Campainha. Essa identificação é até uma busca da companhia mineira. “Não é uma identidade única, que funciona com um grupo específico. A gente trabalha com o 171, Mayombe e sempre colaboramos com outros projetos. E o Heliogábalus funciona da mesma forma”, justifica a atriz.
Juntos, os atores optaram por criar uma ação performática com 24 horas de duração, de 6h desta sexta-feira até 6h de sábado. Dormir não é problema para eles. Faz parte da atuação. “Haverá um momento em que vamos esticar uns colchões na rua e dormir um pouquinho”, antecipa Marina.
Entre os planos de intervenção, já há algumas coisas definidas. Começa na Praça da Estação, onde a turma pega o metrô para a estação do Horto. Por lá, ocupam Galpão Cine Horto, Portão Laranja, Gruta! e a Rua Genoveva.
O roteiro exato ainda não está definido, mas não será difícil acompanhar as ações, que estarão concentradas na região. “Vai ter uma hora em que todos os espaços estarão conectados por internet, skype ou telefone de lata”, brinca Marina Viana. Ela avisa que haverá mapas com itinerário e ações espalhadas pelos três espaços, orientando o público.
A base para as ações é inspirada no conceito de “zona autônoma temporária”, o zat, que Marina define: “É a ideia de ocupação de um espaço, sem hierarquia, num processo anárquico e de colaboração mútua. A partir disso começamos a pensar a ideia de bando, de pessoas unidas em conceitos comuns. E o zat é flutuante, porque cada um vai criar a sua”, diz.
Um ritual de amanhecer, a entrega da chave da cidade para o pessoal do Paraná e um banquete na Rua Genoveva, entre 12h e 15h de hoje, estão no roteiro. Hoje à noite, às 21h, haverá uma festa performática no Galpão Cine Horto e amanhã, às 17h, um debate: Diálogos afetivos em bando.
Damas indignas...
Projeto Galpão convida: intercâmbio 2011, com Primeira Campainha (BH/MG) e Grupo de Investigação Cênica Heliogábalus (Curitiba/PR). Entre hoje e amanhã, das 6h às 6h, no Galpão Cine Horto, Rua Pitangui, 3.613; Portão Laranja, Rua Capitão Bragança, 35; Espaço Cultural Gruta!, Rua Pitangui, 3.613 C e Rua Genoveva. Entrada franca. Informações: (31) 3481-5580.
Damas indignas das Alterosas conclamam os amigos fora do eixo para um chá na esquina, virar o disco, na cozinha de nossa senhora da bad trip. É esse o interminável título da intervenção que será realizada, durante 24 horas, pelos grupos Primeira Campainha, de Minas Gerais, e Grupo de Investigação Cênica Heliogábalus, do Paraná. E ainda tem o subtítulo: festividades esquizoespetaculares de suicidados e alienados autênticos da dita cuja pós-modernidade bipolar e arcaica.
O encontro é resultado de um edital aberto pelo Galpão Cine Horto para o projeto Galpão convida: intercâmbio. Ao todo, foram entregues oito projetos de intercâmbio de grupos mineiros com outros de seis estados. Mas só havia espaço para um.
Primeira Campainha e Heliogábalus se conheceram no início do ano, durante o festival de teatro de Curitiba. “O grupo foi nos assistir, conversamos e criamos identificação. Achamos que tínhamos semelhança nas estruturas e escolhas estéticas”, explica Marina Viana, da Primeira Campainha. Essa identificação é até uma busca da companhia mineira. “Não é uma identidade única, que funciona com um grupo específico. A gente trabalha com o 171, Mayombe e sempre colaboramos com outros projetos. E o Heliogábalus funciona da mesma forma”, justifica a atriz.
Juntos, os atores optaram por criar uma ação performática com 24 horas de duração, de 6h desta sexta-feira até 6h de sábado. Dormir não é problema para eles. Faz parte da atuação. “Haverá um momento em que vamos esticar uns colchões na rua e dormir um pouquinho”, antecipa Marina.
Entre os planos de intervenção, já há algumas coisas definidas. Começa na Praça da Estação, onde a turma pega o metrô para a estação do Horto. Por lá, ocupam Galpão Cine Horto, Portão Laranja, Gruta! e a Rua Genoveva.
O roteiro exato ainda não está definido, mas não será difícil acompanhar as ações, que estarão concentradas na região. “Vai ter uma hora em que todos os espaços estarão conectados por internet, skype ou telefone de lata”, brinca Marina Viana. Ela avisa que haverá mapas com itinerário e ações espalhadas pelos três espaços, orientando o público.
A base para as ações é inspirada no conceito de “zona autônoma temporária”, o zat, que Marina define: “É a ideia de ocupação de um espaço, sem hierarquia, num processo anárquico e de colaboração mútua. A partir disso começamos a pensar a ideia de bando, de pessoas unidas em conceitos comuns. E o zat é flutuante, porque cada um vai criar a sua”, diz.
Um ritual de amanhecer, a entrega da chave da cidade para o pessoal do Paraná e um banquete na Rua Genoveva, entre 12h e 15h de hoje, estão no roteiro. Hoje à noite, às 21h, haverá uma festa performática no Galpão Cine Horto e amanhã, às 17h, um debate: Diálogos afetivos em bando.
Damas indignas...
Projeto Galpão convida: intercâmbio 2011, com Primeira Campainha (BH/MG) e Grupo de Investigação Cênica Heliogábalus (Curitiba/PR). Entre hoje e amanhã, das 6h às 6h, no Galpão Cine Horto, Rua Pitangui, 3.613; Portão Laranja, Rua Capitão Bragança, 35; Espaço Cultural Gruta!, Rua Pitangui, 3.613 C e Rua Genoveva. Entrada franca. Informações: (31) 3481-5580.
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