sábado, 1 de maio de 2010

Curitiba testemunhará pela última vez...

Todo o Totalitarismo da Terra em Único Coro Libertário.
[Nosso canto de ódio e paixão ao expansivo corpo opressor!
efusão, hibridismo,guerra e combate. o fim de uma dinastia.]


O ÚLTIMO CANTO DO BODE
(Tomo I - A Bestificação de Rômulo)


Esta noite ver-se-ia a encenação de certa rebuscada ópera italiana: o apogeu de um grande imperador romano. O concerto inicia com o incrível silêncio da plateia já amortecida pela afinação da orquestra, presa no fosso. O rei canta a sua ária magnífica embebido nas mãos do vitorioso Baco. As notas escorrem pela boca do contra tenor de forma inumana, o coro das mulheres saúda o seu rei, o dos homens lhe jura adoração eterna. O público poderia permanecer entorpecido nas vozes perfeitas, no cuidado com a cenografia, nos broqueis, e principalmente no acabamento.

Mas todo o aparato não suportaria a virtuose de talentosos artistas quando olhados de tão perto, como por um furo na parede, por onde as divas de um teatro de rebolado se preparam para invadir a grandiosa arena, e realizar a definitiva encenação ritual da queda de Roma.


ATO PERFORMÁTICO
6 de maio (quinta feira), ás 22 horas
SESC da esquina
(Rua Visconde do Rio Branco, 969)

ENTRADA FRANCA

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